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Os riscos ocultos das compras online

  • Foto do escritor: Laíssa Esmeraldo
    Laíssa Esmeraldo
  • 28 de nov. de 2024
  • 3 min de leitura

Nos últimos anos, o comércio eletrônico experimentou crescimento no Brasil. Fatores como comodidade, praticidade e possibilidade de comparar preços tornaram as compras online uma opção mais popular entre os consumidores. 


A Black Friday 2024 está chegando (29/11) e eventos como esse fomentam o mercado virtual em seus diversos segmentos, como eletrodomésticos, eletrônicos, moda e acessórios, informática, saúde e beleza. Ela atrai os brasileiros em busca de ofertas e promoções imperdíveis. 


É inegável que o setor do e-commerce no Brasil aumentou. Em pesquisa destinada a mapear o comércio virtual, a BigDataCorp revelou que, desde 2014, essa modalidade de consumo cresceu cerca de 20% e o número de lojas virtuais aumentou, em um ano, 16,5%. As vendas totais registradas no e-commerce brasileiro atingiram a marca de R$44,2 bilhões apenas no primeiro trimestre de 2024 (dados disponibilizados na Associação Brasileira de Comércio Eletrônico).


Conforme o volume de compras online cresce, os cuidados que os consumidores precisam tomar tornam-se cada vez mais essenciais. Por trás de toda a facilidade e praticidade, há perigos que não são evidentes.


Na Black Friday, a euforia das promoções toma conta dos consumidores e é justamente nesse clima de empolgação que os golpistas encontram terreno fértil para agir.


Para aproveitar essas promoções e realizar compras com descontos vantajosos, o consumidor deve estar em alerta para evitar cair em emboscadas, como sites falsos e propagandas enganosas. A empresa privada de segurança virtual, Kaspersky, em artigo sobre como se proteger ao comprar online, lista os principais tipos de golpes que o consumidor pode, por ventura, cair:


  1. Phishing: é o ataque que tenta roubar dinheiro ou identidade fazendo com que o consumidor revele dados pessoais, como número do cartão, senhas em sites, e outros dados mais.

  2. Spoofing: Um ataque em que o criminoso se passa por outra pessoa ou organização para obter informações pessoais ou empresariais. 

  3. Pharming: Um tipo de phishing que redireciona o usuário para sites falsos. O objetivo é roubar informações confidenciais, como senhas, número de identidade, números de contas, entre outras.


A empresa Kaspersky também dá dicas para comprar com segurança. Adquirir produtos de vendedores com reputação e com bons comentários ao seu respeito, prestar atenção quanto ao website e à utilização de conexão segura (HTTPS), usar cartões virtuais e não clicar em links suspeitos.


Por outro lado, é dever das lojas virtuais agir de boa-fé e com transparência para com o consumidor. O advogado Dr. Rodrigo Pinho, especialista em Direito Digital e Proteção de Dados, lista práticas que os vendedores devem adotar para garantir uma transação justa. Ações como fornecer informações claras e detalhadas sobre o produto ou serviço do preço, condições de pagamento, frete e estimativa de entrega. Além de fornecer o CNPJ da empresa, contato e informar sobre trocas, devoluções e garantias.


No entanto, nada é garantido. Em casos de problemas com compras on-line, os consumidores devem entrar em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente (SAC) para formalizar a reclamação. Caso não haja resolução, o cliente pode sempre recorrer ao Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon).


É importante que os consumidores estejam a par de seus direitos para garantir uma relação de consumo justa, respeitando o que o Código de Defesa do Consumidor traz que faz toda a diferença na hora da compra: devolução, arrependimento e garantias. O Dr. Rodrigo explica:


Antes de realizar uma compra, os consumidores devem se informar sobre as políticas de devolução da loja, incluindo prazos, condições para a devolução, e se há custos associados ao envio do produto de volta. De acordo com o Código de Defesa do Consumidor, há o direito ao arrependimento em compras on-line, que permite a devolução em até 7 dias. Se o consumidor exercitar o direito de arrependimento, os valores eventualmente pagos, a qualquer título, durante o prazo de reflexão, serão devolvidos, de imediato, monetariamente atualizados.

Conhecer e gozar desses direitos torna-se ainda mais crucial em épocas de grande movimentação no comércio, como a Black Friday,  o  aumento das ofertas e descontos vêm, às vezes, acompanhado de armadilhas para o consumidor. Então, durante esse período, estar atento pode evitar práticas abusivas e garantir uma compra segura.


Embora as promoções da Black Friday sejam tentadoras, uma compra cautelosa é fundamental para evitar aborrecimentos futuros e garantir que o consumidor aproveite a data de forma segura, priorizando sua proteção e satisfação. É uma excelente oportunidade, mas exige atenção para que o consumidor não seja surpreendido por práticas desleais. 


Proteger-se passa por conhecer os próprios direitos e adotar algumas medidas de segurança digital. Assim, a Black Friday exige um consumidor informado e atento para transformar a experiência de compra em algo que seja realmente vantajoso.


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