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Consumo consciente: Millennials e Geração Z, um exemplo para todos

  • Foto do escritor: Laíssa Esmeraldo
    Laíssa Esmeraldo
  • 28 de out. de 2024
  • 3 min de leitura

Seja um produto ou seja um serviço, qualquer espécie de consumo gera impactos (negativos e positivos) e até mesmo os menos significativos consumos têm relevância para o meio ambiente, para a economia, para a sociedade, enfim, para o planeta. 


Por isso, é fundamental estar consciente da falsa sensação que se tem de que os recursos naturais nunca vão acabar. No entanto, a verdade é que grande parte destes são finitos. Os atos individuais precisam visar ao bem-estar coletivo e o consumo consciente nasce como uma ferramenta para tentar alcançá-lo.


Na tentativa de reforçar essa consciência na população sobre os problemas socioambientais ocasionados pela forma desenfreada de consumo, o Ministério do Meio Ambiente, em 2009, designou neste mês de outubro, o Dia do Consumo Consciente (15/10).


O consumo consciente diz respeito a um olhar amplo, que não se limita à compra, mas que percorre toda a produção: da matéria prima ao descarte. Esse conceito traz a ideia de se consumir de forma lúcida. É sobre ter uma preocupação coletiva, que busca a utilização de recursos naturais de maneira sustentável, considerando os impactos sociais, ambientais e, até mesmo, econômicos. Está diretamente relacionado ao desenvolvimento de uma consciência crítica, principalmente relacionada aos impactos das atitudes na sociedade.


Esse conceito de consumo consciente vem conquistando espaço no dia a dia da população, sendo mais evidente entre os jovens. As gerações mais atuais - Millennials, geração Z e alpha - estão cada vez mais engajadas nas causas ambientais, éticas e sociais, e vêm redefinindo a maneira de consumo.


Essas novas gerações cresceram em momentos exclusivos de evolução tecnológica e transformações sociais. Os Millennials, ou geração Y - nascidos no início dos anos 80 até meados dos anos 1990 - viveram o progresso de tecnologias como a internet. A geração Z - nascida no final dos anos 90 até 2010 - foi criada em um ambiente já conectado com smartphones e redes sociais integrados na rotina. A mais nova geração, denominada Alpha, nasceu depois de 2010, já completamente imersa em tecnologia, como nunca antes.  


Essas gerações não apenas moldam o mercado, mas também promovem avanços tecnológicos que facilitam a compra consciente, com uso de aplicativos que, por exemplo, fomentam consumo colaborativo contribuindo para um futuro mais sustentável. Com princípios e valores mais voltados à preservação do meio ambiente nas relações de consumo, as gerações têm se destacado ao exigir práticas relacionadas à sustentabilidade. Elas vêm redefinindo o que se espera das empresas e de seus produtos. 


As três últimas gerações que, já em 2019, totalizavam cerca de 58% da população brasileira, (contabilizada pela pesquisa “Millennials - Unravelling the Habits of Generation Y in Brazil”), estão cada vez mais interessadas em debates sobre sustentabilidade. Não mais se resumindo somente ao meio ambiente, mas abrange direitos humanos, inclusão, maus tratos a animais, posicionamento político. 


As práticas conscientes de consumo formam consumidores mais exigentes que, com a mesma força que enaltecem a empresa/produto, podem boicotá-los se uma marca, por exemplo, divergir das práticas sustentáveis. 


Os  Millenniuns e a geração Z, enquanto consumidores, adotam uma postura mais crítica, com  escolhas mais ponderadas e se engajando em causas, como a sustentabilidade socioambiental, uma grande questão na qual estão inseridos. 


Em decorrência dessa realidade, essas gerações passaram a desenvolver hábitos diferentes. O  consumo de produtos como canudos de inox, ecobags e embalagens biodegradáveis são pequenos exemplos que demonstram um pouco essa preocupação. 


Para além das gerações Y e Z e dos canudos de inox, em 2022, 74% dos brasileiros - de todas as gerações (pesquisa “Retratos da Sociedade: hábitos sustentáveis e consumo consciente, da Confederação Nacional da Indústria - CNI”) - demonstram preocupação com o meio ambiente no consumo, procurando por marcas com práticas sustentáveis.


E essa mesma pesquisa levanta ainda algumas questões que surgem no momento da compra, que acabam deixando-a mais sustentável, como a maneira da produção; os impactos ambientais que decorreram dessa produção; e como -  e se - a mão de obra foi remunerada. Os brasileiros têm começado a se questionar sobre o assunto, além de também fiscalizar seus próprios hábitos dentro de casa, tais como separar o lixo e economizar recursos, como água e energia.


O consumo consciente é vital para a sobrevivência do planeta Terra, tendo em vista a realidade de sobrecarga - e esgotamento - dos recursos, de desperdícios, de mudanças climáticas e de geração exagerada de resíduos.


Um consumidor consciente evita desperdícios (alimentos, água, energia…); realiza doações, incentivando o mercado de 2ª mão; ele se preocupa com a origem dos produtos, principalmente se são cruelty-free (livre de crueldade) e, normalmente, valorizando o comércio local; o consumidor consciente reduz, reutiliza, recicla e, alguns vêm adotando um estilo de vida mais minimalista.


A mudança de comportamentos na adoção de pequenos gestos baliza as escolhas de consumo no dia a dia, promovendo mudanças profundas na sociedade e no Planeta, como um todo.


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